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Guia prático de como escolher uma pedra natural

Quero escolher uma pedra natural para o meu projeto. E agora?
Taí um tema que renderia páginas e páginas, mas vamos resumir. É importante escolher uma pedra natural pensando não só no ambiente ou tipo de rocha, mas no uso, nas pessoas que vão interagir, no propósito da aplicação e do projeto.

Pra começar, uma dica que inspira nosso discurso no dia a dia: “não existe pedra ruim, existe a escolha da pedra errada na aplicação errada.” E ainda digo mais: tem também o momento errado.
Quando pensamos nas pedras como revestimentos, elas são “peles” cobrindo superfícies que podem ser mais ou menos utilizadas. Toda pedra tem um potencial de absorção, um tipo de resistência mecânica a riscos e esforços e uma mineralogia, que é o conjunto de minerais que a formam.

Pensar nesses pontos associados às demandas de um projeto é o que vai fazer a beleza de uma pedra durar mais tempo em um ambiente. Cada vez mais se observa o desejo das pessoas em “viver seus projetos como experiências do cotidiano”, sem limitações ou preocupações ao brincar com um filho, com um pet, ou receber amigos e familiares, cozinhar, etc.

A pedra natural é a melhor das opções para revestimento, mas é preciso estar atento a certas questões, como realmente buscar a pedra certa para o lugar certo e para o momento certo da vida de quem vai utilizá-la. Pensando nisso, apresento aqui elementos que podem guiar a escolha ideal para o seu projeto, além de inspirar ainda mais os especificadores. Vamos a eles?

A Estética
Primeiro passo: tem que se comunicar com o todo.
Precisávamos então de rochas com aspectos mais atuais para projetos contemporâneos, que suportassem toda essa nova tendência. É nesse momento que surgem o quartzitos, rochas com alta resistência e múltiplos apelos estéticos.
Nesse contexto, rochas como Perla Santana, Montreal, Frassino, Berrini, Kouros, Magma e Verde Pantanal tem ganhado espaço e se consolidado em múltiplos projetos. .https://granos.com.br/portfolio/

Aqui vem uma observação importante: O QUARTZO É UM MINERAL, que por conceito é “um corpo NATURAL sólido e cristalino resultado de processos físico-químicos. É um sólido natural, inorgânico, homogêneo, de composição química definida, com estrutura cristalina. Rocha é um agregado natural de minerais (geralmente dois ou mais), em proporções definidas e que ocorre em uma extensão considerável.”

Sua presença nas rochas não é determinante exclusivo para resistência, mas é um grande indicador de que a pedra tem alta qualidade, e quanto mais quartzo, mais resistência e provável menor absorção.

Um ponto importante a ser considerado é que a palavra quartzito está muito em alta, quartzitos como o Perla Santana por exemplo são quase uma unanimidade quando se trata em atender a estética sem comprometer o uso. Mas existem diversas outras rochas que são excelentes opções tanto esteticamente quanto estruturalmente para qualquer aplicação, como metabrechas, quartzitos arenosos, cataclasitos, traquitos, entre outras, e cada uma dentro de suas particularidades demandam mais ou menos cuidado, mas aqui é assunto para outro conteúdo.

Essas rochas, além da beleza clássica e atemporal, conseguem ter fit com qualquer estilo, podem ter suas superfícies trabalhadas por técnicas que os deixem polidos/lapidados, foscos e com texturas, podendo ir além até das aplicações óbvias, compondo peças que podem ser consideradas quase instalações.

Além disso, veio o desenvolvimento de novos tratamentos de superfície que permitiram uma releitura para os nossos granitos brasileiros, principalmente os do nordeste do país, que tem em sua formação uma alta quantidade de quartzo, o que confere a eles alta resistência e baixa absorção. Não no mesmo nível dos quartzitos, afinal, um quartzito como o Perla Santana tem em média 95% de quartzo, e um granito de alto desempenho, como o Branco Alpha, chega a 35% de quartzo, o que é muito mais do que os granitos do sudeste do país, que têm em média 15% de quartzo.

As superfícies sintéticas que utilizam inclusive quartzo em sua formação NÃO SÃO SEQUER NATURAIS, não podem ser tratados como rochas e se apropriam da palavra quartzo na tentativa de conferir a um produto industrializado uma sensação de naturalidade e resistência.

O Tratamento de Superfície

Os tratamentos de superfície sem dúvida estão super em alta, uma vez que estruturas monolíticas estão cada vez mais em voga na arquitetura e na decoração, trazendo aspecto uniforme, forte e moderno para qualquer lugar. Eles permitem isso por causa das características que dão às rochas em diferentes tipos de esforços e das técnicas aplicadas para criar texturas, levando a pedra além do sentido da visão e dando um sentido tátil, de profundidade.

Sempre que a escolha for por uma pedra com superfície diferenciada, a impermeabilização deve ser muito bem avaliada, podendo ser necessário impermeabilizar até saturar a rocha, e deve-se ter cuidado com o risco de ancoragem, que pode fazer com que sujeiras entrem nos pontos mais baixos do relevo da pedra e não sejam removidos corretamente, criando um aspecto de “encardido”, “pedra suja e manchada”.

Para os tratamentos de superfície, podemos mencionar os seguintes, que vão variar entre si quanto a brilho, rugosidade, aspereza e potencial de ancoragem (estes últimos compõem a textura da rocha).

Nossos melhores exemplares hoje para isso são pedras como Alpha Matte, Alamo Matte, Órion Bruto, Frassino Matte, Meruoca Sand, Alamo Navona, entre outras.
Podemos dizer tranquilamente que todas essas rochas podem ser usadas em qualquer aplicação. Com um cuidado: qualquer pedra tem um percentual, por menor que seja, de absorção, então foi-se o tempo em que se acreditava que uma pedra, por ser uma pedra, era resistente a qualquer coisa. Claro, existem as de melhor desempenho como os quartzitos cristalinos, mas a recomendação para todas são as mesmas:
Exija da marmoraria a impermeabilização do material;
Informe a seu cliente que não é por ser uma pedra que podemos deixar um vinho, por exemplo, ou um azeite em cima dela por dias e não vai acontecer nada. Existem pedras que tem baixíssima resistência a manchas por causa de seu alto percentual de absorção e porosidade. Para um quartzito cristalino como o Perla Santana, por exemplo, temos testes do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP, o IPT, com até 96 horas de exposição a produtos químicos sem alterações, mas isso não é uma regra, então o ideal é não abusar.
Áreas com alta demanda de resistência mecânica a riscos, como uma pia de cozinha, onde eventualmente se corta algo em cima sem a preocupação constante de estar com uma tábua de cortar, precisam ser resistentes. A recomendação é sempre partir para rochas silicáticas, como granitos, quartzitos cristalinos, quartzitos arenosos, cataclasitos, etc.
Resistência a ácidos é fundamental para pedras que vão ser usadas em cozinhas, já que quase tudo que é manipulado por lá, como vinhos, tomates e azeite, tem um nível de acidez. Muitas vezes as pedras podem até não manchar, mas podem “queimar”, palavra usada quando o brilho da pedra é atacado, gerando uma rugosidade que vai fazer com o tempo que a pedra assuma um aspecto “encardido”.

O ambiente e as aplicações

Antes de escolher a pedra para um ambiente, descubra o estilo do projeto .
Como seu cliente imagina o lugar que você vai projetar? Iluminado? Intimista? Amplo? Moderno? Clássico? Integrado? Para uso constante ou eventual? Com ou sem fluxo de pessoas? Esses são alguns pontos que devem ser considerados na hora de contratar um projeto. Nesse contexto, a pedra pode ser o “marco de base”, se incluir pisos e paredes, ou apenas compor o ambiente caso entre apenas em bancadas e mesas. O mais importante é se perguntar: a quais condições adversas essa pedra vai estar exposta dentro do ambiente? Ter clareza dessa resposta serve como um filtro, apontando as mudanças que o cliente suporta observar em suas rochas como um “preço” a pagar pelo uso delas. Seguem algumas aplicações que merecem uma atenção especial em relação a esse tema, com o olhar de quem quer um projeto que vai lhe trazer conforto e usabilidade.

Vale lembrar: elementos que ganharam muita força dentro das casas e ambientes de trabalho, principalmente após o período de pandemia, foram a filosofia japonesa do wabi sabi e a biofilia.
O wabi sabi nos faz refletir a perfeição da imperfeição e, com isso, olhar para uma mancha de vinho na mesa não como uma simples mancha, mas como a memória de uma noite incrível com pessoas queridas e que em algum momento um vinho foi derramado, por exemplo. Ou a primeira refeição de um filho que deixou uma marquinha no cantinho de um piso. Sim, na teoria, uma bela reflexão, mas é necessário entender se o seu cliente está preparado para vivenciar tudo isso no dia a dia. Seja qual for a preferência dele, fica a dica: escolha bem a pedra para seus revestimentos.
A biofilia, por sua vez, traz a natureza para junto das pessoas, traz a vida para perto. E onde há vida há beleza, transformações, interações, e claro: matéria orgânica, pequenos animais e, consequentemente, manchas, arranhões, etc.

Hoje, no mercado, as pedras mais resistentes a todas essas situações são os quartzitos cristalinos e pedras similares em termos de dureza e resistência.
Aliado a tudo isso, temos uma virada no quesito “quem serve quem”. Na arquitetura e no design, assim como na moda, cada vez mais as pessoas querem algo que atenda esteticamente o que se deseja mas que também tenha propósito, usabilidade.

Por exemplo: qual o sentido de ter um piso de pedra sofisticado e elegante sem pensar no pet, que pode babar ou mesmo fazer xixi e danificar o piso? Ou ter uma linda área gourmet para momentos especiais com pessoas especiais e se preocupar se vai pingar um vinho ou escorrer o azeite?

Ser lindo, mas intocável ou inacessível estando dentro da casa onde se vive ou do escritório onde se trabalha tem um custo muito alto, pode custar sua qualidade de vida.

Os usuários

No final, são eles que dão a regra do jogo!
Conhecer a rotina de quem vai viver ou interagir com o ambiente é fundamental para o êxito de qualquer projeto. Uma vez um amigo me procurou pedindo indicação de uma pedra para a bancada de sua varanda gourmet, ele é chef de cozinha como hobby e recebe amigos sempre as sextas a noite, cozinha, curte o momento e ao final, fecha a varanda e a funcionária da casa na segunda é que limpa. Sabendo disso, não tive dúvida, a pedra tinha que ser um quartzito cristalino. Existem diversos tipos de pessoas quando o assunto é principalmente a “intimidade” de sua casa, pois é lá que as pessoas podem ser o que são, sem julgamentos, restrições, com liberdade para fazer sempre o que desejam, sem julgamentos, afinal, ela está em casa.

Durante muitos anos, por que não milênios, as pedras que haviam disponíveis no mercado para todas elas eram rochas suscetíveis a manchamentos, riscos, perda do brilho por desgaste ou contato com elementos ácidos pelas mais diversas razões da vida, crianças, pets, erros na limpeza, cadeiras arrastadas, bebidas derramadas, brincadeiras dentro de casa ou até mesmo tomar um suco sentado no chão de casa.

As soluções para isso eram conhecidas: Aceitar viver com as manchas, os riscos, os encardidos Restringir o uso, não tendo pets, não permitindo às crianças viver tranquilamente brincando dentro de casa Repolir a cada dois anos (quando ouvi isso a primeira vez entrei em choque, imaginando uma família, dando a casa uma licença para ser repolida de tempos em tempos e pagando caro por isso) Trocar pisos e bancadas por causa dessas marcas do tempo e do uso Se mudar, desistindo de vez do lugar, já vimos muito isso por aqui, alguém que desistiu de tentar salvar e simplesmente se mudou Desistir das pedras naturais, o maior dos pecados, abrir mão de ter a natureza sob seus pés ou no seu dia a dia por uma desilusão pela escolha da pedra errada Hoje em dia, no entanto, tudo isso pode ser evitado, pois temos no Brasil uma grande gama de rochas para revestimento naturais e genuinamente brasileiras que atendem qualquer projeto permitindo ao usuário uma vida “com vida” em seu espaço. Os quartzitos e rochas similares permitiram isso às pessoas, seja em uma bancada de cozinha, na mesa do jantar, no revestimento de um banheiro ou no piso de uma casa. Liberdade de uso e liberdade para não ser escravo de uma escolha ruim.

Agora que você já sabe qual a melhor opção para você, confie na Granos para te ajudar a escolher. Fale com a gente no whatsapp. CLIQUE AQUI